terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sexto dia - Trem da Morte

    Hoje pegamos um ônibus (1,75 Reais a passagem) na praça da República em Corumbá e descemos na fronteira com a Bolívia. A passagem através da fronteira é tranqüila mas recomendo chegar com antecedência pois há muitos bolivianos entrando no Brasil  e na hora de fazer a saída do Brasil  (carimbar o passaporte pela Policia Federal Brasileira) pegamos o maior tumulto por causa da quantidade de bolivianos  que estavam na fila querendo entrar no pais, apesar de não haver fila para os brasileiros darem saida, a entrada era a mesma porta para ambos dificultando nossa entrada na PF. Já do lado Boliviano pegamos uma boa fila pois tinha acabado de chegar um ônibus com muitas pessoas para dar entrada na fronteira, depois de darmos entrada na Bolívia carimbando nossos passaportes (os documentos necessários para entrar na Bolívia são o passaporte ou carteira de identidade com uma foto atualizada e a carteira de vacinação internacional comprovando a vacina da febre amarela que você tira na Anvisa de alguns aeroportos(10 dias)), após mostrar esses documentos a Policia Federal boliviana te entregará um papel que deverá ser mostrado quando for dada a saída do país. Aconselho a todos os viajante grampear a Carteira Internacional de Vacinação e o documento de entrada na Bolívia no passaporte, pois se perder os mesmos, terá muito dor de cabeça para voltar ao Brasil.  Após esta parte burocrática, pegamos um táxi (10 bolivianos) para chegar ao Terminal Ferroviário de Puerto Quijarro.


    Para o trem compramos a passagem da classe Super Pullman por 125 bolivianos (aconselhamos comprar essa classe por serem 16 horas de viagem e a diferença de preço do vagão Pullman ser pequena, porém o "conforto" é bem diferente entre elas). Embarcamos no Trem da Morte e saímos as 16:30 (mais não se esqueça, que em Puerto Quijarro tem horário de verão e tem 1 hora a menos em comparação ao horário de Corumbá) a viagem dura umas 16 horas em um trecho de um pouco mais de 640 km.

      Sobre o lendário trem da morte ja havia lido muitas coisas sobre ele, mas a maioria é lenda  então não fique assustado quando você for pesquisar no google sobre esse trem e ler algumas coisas digamos " estranhas" sobre ele, mas voce ficara aliviado quando entrar no trem e olhar que nao tera que dividir sua cadeira com algum porco ou galinha e que o trem até que é razoavelmente limpo e seguro mais o único perigo que existe nele é você pegar uma dor de barriga com as comidas dos vendedores que sempre estão dentro do trem em cada parada e outro problema é que o trem balança muito lembrando um pouco um barco (alguns dizem que é falta de manutenção). O  trem ganhou esse nome quando na Bolívia teve uma epidemia de febre amarela e muitos corpos foram transportados nesse trem.


    Chegamos em Santa Cruz de la Sierra as 8:30 e ficamos no hotel Copacabana(280 bolivianos o casal com desconto da carteira do HI). Bom a primeira impressão que tive da cidade é que o trânsito funciona como um verdadeiro "caos organizado" sendo muito pitoresco e interessante. Quando olhamos não entendemos como não ocorrem muitos acidentes nesse transito caótico que a preferência vem de quem chegar primeiro.

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