segunda-feira, 25 de julho de 2011

Resumo do Mochilão pelo Equador

        O Equador é o menor país da America do Sul mas já teve o seu território quatro vezes maior do que hoje, suas terras foram sendo perdidas em guerras com seus vizinhos e principalmente com o  Peru, isso é um dos motivos de hoje o Equador não ter fronteiras com o Brasil. O país possui quatro regiões distintas que são: a Costa, nela vale a pena conhecer a tranquila praia de Canoa que diferente de Montañita, praia mais turística do Equador, é mais limpa e organizada; a outra região são os Andes  ou Montanha no qual o que mais gostei foi o Vulcão Cotopaxi e a Laguna Quilotoa que também é um vulcão; a terceira região é a selva Amazônica na qual já esta bastante modificada devido as companhias de petróleo e a última região é Arquipélago de Galápagos que é formada por várias ilhas com uma população única de animais (tartarugas gigantes,...), onde Darwin terminou a sua teoria da seleção natural das espécies, mas essa região não pude conhecer pois 3 a 4 dias pode custar de 800 a 1000 Dólares, um gasto que esta totalmente fora do meu orçamento de mochileiro. 


        Quanto as comidas típicas são: yahuarlocro (sopa de batata), llapingacho (uma fritura a base de batatas, queijo e porco), encebollado um tipo de sopa feita de Albacora - um tipo de atum - mandioca, tomate e cebola ), ceviche de concha, ceviche de camarão, maremoro (mistura de tudo), bolón de verde (uma espécie de bolinho frito feito de uma pasta de um feijao de cor verde), empanada de morocho (pequenos pastéis recheados de uma mistura de arroz, lentilha, verduras e queijo),  mas o prato típico mesmo deles onde você em qualquer lugar vai encontrar é o nosso bom e velho feijão com arroz ou arroz com lentilha.

         Quanto aos filmes: Crônicas; Ratas, Ratones y Rateros; Que tan Lejos; Esas No Son Penas.

         Sobre os hotéis ou hostals: os preços mudam muito de um lugar para outro, como na costa em praias turisticas como Montañita um hostal simples pode custar 15 a 20 dólares mais, já em regiões turísticas na serra como Cuenca você pode encontrar um hostal simples por 6 Dólares e na Selva um hostal simples por 10 a 20 dólares. O mesmo acontece com uma refeição que vai de 1,50 Dólar em Quito, 5 Dólares em Montañita e na selva. Já quanto as passagens de ônibus na serra a média é de 1 Dólar por 1 hora de viagem mas na selva e na costa uma hora de viagem pode custar ate 3,50 dólares.

        Um problema que tive no Equador foi com a comida, onde há muita falta de higiene na manipulação dos alimentos e há uma quantidade enorme de gordura (aqui a comida para ter sabor tem que ser banhada em óleo) este foi um dos fatores que me fez perder 7 kilos nesse tempo que fiquei no país pois deixava de comer para não passar mal e não pense que se for em um restaurante caro vai ter uma comida de melhor qualidade e com mais higiene em sua manipulação pois nos paises andinos (Bolivia, Peru, Equador) a diferença de preço esta mais ligada à localização geográfica e não à qualidade, então em um restaurante caro de classe média é muito comum o garçon te servir sem a bandeja usando os quatros dedos para segurar embaixo do prato e o polegar vem dentro da comida (pior que isso não é brincadeira não, conheço gente que passou mal comendo em lugares mais caros pois achava que teria mais qualidade). 


         Uma coisa pitoresca no Equador são os ônibus pois sem a menor dúvida foram os mais barulhentos que já vi na minha vida tudo isto por causa do comércio informal que entra neles para vender de tudo como filmes, comida, água, doces, rap evangélicos, etc. o mais interessante é que eles vendem muito, impossível sair um vendedor do ônibus sem ter vendido nada, acredito que seja pela cultura andina que é sempre no sentido de sirva-me e não como a nossa no brasil que é no sentido de você se serve. O entra e sai de pessoal vendendo me deixava um pouco preocupado com minha bagagem de mão, tinha sempre que ficar atento, pois poderiam pegar e sair rapidamente do ônibus.

Laguna de Quilotoa



         Bom depois de alguns dias em Coca, tomei o ônibus às 12 horas para Quito no valor de 10 Dólares e levou cerca de 9 horas para chegar ao destino. Para mim, a viagem não foi uma das melhores que já fiz pois devido a sempre estar passando mal aqui por causa da comida viajei de estômago vazio com medo de passar mal durante a viagem, mas bem no inicio passei mal por nao ter comido e  me deu um apagão, acho que deve ser por glicemia baixa ou pressão baixa por ter ficado muito tempo sem comer, e so fui melhorar 9 horas depois quando cheguei em Quito. Quando cheguei me sentia fraco e cansado, resolvi porcurar um "Santo" chifa para jantar (sim chamo de "Santo" chifa pois a comida chinesa é a unica comida aqui que ainda não me faz mal, apesar de ser bastante gordurosa para uma pessoa que tem problemas de figado). 


       Em Quito só fiquei de passagem e fui com uns amigos do Equador para a Laguna Quilotoa que fica cerca de 2 horas de carro, para quem sair de ônibus de Quito acredito que a melhor forma de chegar é por Latacunga e de lá pegar um ônibus até próximo a Laguna Quilotoa e depois um taxi coletivo. A Laguna Quilotoa é uma cratera vulcânica que está a quase 4000 metros de altitude. O caminho de Latacunga para a Laguna Quilotoa é de tirar o fôlego com longas e sinuosas estradas fazendo-me acreditar que este foi um dos cenários mais lindos que presenciei no Equador, toda esta vista deslumbrante de cadeias de montanhas que estão perto, a entrada a laguna custa 2 Dólares e perto dela exitem alguns hostals que custam na faixa de 10 Dólares que valem muito a pena para o visitante que quer curtir mais o verde e esta maravilhosa paisagem. Existe também aluguéis de mulas para quem quer caminhar ao redor da Laguna. Outra opção é acampar em algumas áreas que são permitidas. Uma boa dica é chegar pela manhã, pois segundo informação de um morador da região, é a parte do dia que geralmente não tem neblina. Outra dica que vale é conversar com os indígenas da região que ao contrário de outros lugares dos Andes são muito amáveis, hospitaleiros e confiáveis.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Coca e o Rio Napo



         Depois de quase 2 horas de viagem (valor 3,00 Dólares) cheguei na cidade de Coca, fui procurar um hostal e após andar muito achei um por 15 Dólares a diária (Hosteleria Amazonia, http://www.oasis-ecuador.com/hotel-book-reservation/coca-hosteria-amazonas.php) com TV, Internet Wi-Fi (porém, somente funciona fora do quarto), banheiro no quarto e ar condicionado. 


          A economia da cidade com cerca de 30.000 habitantes esta no comércio e no petróleo lembrando um pouco a economia da cidade de  Lago Agrio só que com mais estrutura e com uma maior quantidade de empresas trabalhando na exploração do petróleo possibilitando uma maior oferta de empregos com melhores salários sendo um dos motivos que leva  a cidade a apresentar um custo de vida maior ao que comparado as outras cidades do Equador que já passei. Pela cidade, passa o Rio Napo, um dos principais rios do Equador, e atraves dele você pode chegar ao Brasil (desagua no rio Solimões) no sentido Iquitos e depois Tabatinga, porém não há barcos comerciais que fazem essa rota, neste caso o viajante teria que pegar uma carona com alguns dos barcos que fazem este trajeto transpostando mercadorias.  Uma   curiosidade que achei interessante é que o Rio Napo esta no projeto do governo Equatoriano em ser usado como rota até o Oceano Atlântico, assim seria eliminada a rota pelo Canal do Panama . 


        Quando cheguei em Coca a primeira pessoa que encontrei por coincidencia foi um japonês que havia conhecido em Quito, estava na cidade porque partiria para o Brasil pelo Rio Napo junto com sua namorada Argentina que conheceu na viagem, segundo ele, tem planos de ficar um tempo morando em São Luis pois esta pensando em formar uma banda de Reggae para cantar em japonês, inglês, espanhol, português. Sem duvidas foi o japonês mais louco que conheci na minha vida, esta viajando há alguns anos sempre fazendo desenhos nas ruas das cidades por onde passa e com isso ganha o seu dinheiro para viajar e tambem toca um instrumento chamado didjeridu ou didgeridoo que é um instrumento de sopro dos aborígenes australianosAtravés de meu amigo japa conheci o Diego, um Equatoriano que tem uma agência de turismo na praça principal e que trabalha com pacotes para conhecer uma tribo indígena, que segundo ele é a única tribo de todo o Equador que ainda mantem a cultura indigena viva, eles andam sem roupas e muitos não falam espanhol, o único problema é o preço do pacote que custa 480,00 Dólares, confesso que fiquei com vontade de conhecer essa tribo mais esse valor esta muito acima do meu orçamento. Pelo menos tive boas conversas com o meu amigo Diego pois o mesmo conhece muito a cultura de sua região e ainda fala um pouco de português por que morou um tempo no Brasil para fazer sua tese. 


            A vida noturna de Coca é bastante agitada e se concentra no Malecon. No dia que saí a noite sozinho acabei conhecendo um pessoal animado de Esmeralda e um deles colocou na cabeça que eu  não poderia ficar sozinho na noite a acabou ligando para sua prima mais como ela estava dormindo (5 horas da manha) e não atendia o celular ele me falou assim "não se preocupe se minha prima não atender agora eu vou ligar para a minha irmã"...e nesse dia cheguei em casa as 10 horas da manhã isso por que tive que fugir dos meus amigos de Esmeralda que ainda não estavam cansados e de sua prima de 140 kilos. Dicas: no Malecon há um posto de informaçôes turísticas com o mapa da cidade e também Internet para os turistas, os restaurantes de Coca geralmente são precários quando se trata de higiene e caros se comparados ao resto do país mas se voce pesquisar bem pode encontrar restaurantes com uma estrutura razoável  por 4,00 a 5 Dólares e se você fizer o perdido do menu del dia sem a sopa paga menos também.