domingo, 27 de fevereiro de 2011

Isla del Sol a Terra Onde Nasceu o Primeiro Inca - Manco Capac

      




      
  Pegamos um barco que custou 15 Bolivianos para a parte norte da "Isla del Sol" que durou uma faixa de 2 horas, essa parte da ilha tem menos estrutura do que a parte sul, pois os hotéis são as casas de nativos que custam entre 10 a 40 Bolivianos e para quem gosta de acampar é o local ideal (5 Bolivianos por barraca). A noite saímos com nossas amigas da Bahia para jantar (jantamos em uma casa de um nativo e pagamos 25 Bolivianos) e foi a noite mais fria que peguei na Bolívia, a sensação térmica estava uns -2C com um vento muito frio.

        Pela manhã fomos conhecer as ruínas incas - Ruínas de Chinkana também conhecidas como "El Laberinto" (pagamos 5 Bolivianos) e depois fomos fazer o caminho até a parte sul da ilha que durou 3 horas (o mais inusitado deste caminho é o pedestre ter que pagar um pedágio de 5 Bolivianos e para quem faz o caminho inverso, sul ao norte paga mais caro, 15 Bolivianos). Este trajeto que sai da parte norte da ilha (Challapampa) para a parte sul (Yumani) foi um dos caminhos mais interessantes que fiz, vale a pena fazer pois a paisagem é de tirar o fôlego, chegando a parte sul da ilha é necessário pagar um outro pedágio de 5 Bs que te dá ao direito de visitar outras ruinas e museus, encontramos uma hostal por 30 Bolivianos que tinha uma visão linda de frente para o lago Titikaka e depois do lago dava para ver as Cordilheiras dos Andes com seus picos cobertos por neve (não lembro o nome do hostel mais tem vários com essa descrição e preço). A parte sul da ilha possui mais estrutura para receber o turista com seus inúmeros hostels, restaurantes e artesanato. Para voltar a Copacabana, pode pergar uma balsa que sai as 10:30 ou às 16:00 que custa 20 Bs.

        Na "Isla del Sol" tem barcos particulares que podem levar você até a "Isla de la Luna" mas possui um preço um tanto salgado para mochileiros, eles cobram em media 200,00 Bs para o passeio. Vale a pena para quem tem um grupo, pois cabe até 6 pessoas no barco. Acabamos não fazendo esse passeio porque não encontramos mais pessoas para "rachar" o barco.

Dicas: Se você pensa em dormir na Ilha do Sol uma boa dica é pegar o barco até a parte sul da ilha dormir uma noite lá e depois fazer o caminho de 3 horas para a parte norte e de lá pegar o barco de volta (apesar de todos os bolivianos falarem o contrário, pois eles ganham mais vendendo o ingresso para a parte norte da ilha que é mais caro). Digo isso porque o caminho em direção ao norte possui subidas mais tranquilas se comparado ao caminho inverso. Outro motivo, é que a parte sul tem mais estrutura para passar a noite. Outra dica é quando for comprar os ingressos para poder entrar nas ruínas ou qualquer outra ingresso sempre olhar o valor no ingresso pois os funcionários do governo que vendem esses ingressos são extremamente corruptos e sempre estão vendendo a um preço maior do que esta no ingresso.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Copacabana - Lago Titikaka


        Saímos de La Paz as 13:30 com destino a Copacabana (20 Bs, existem várias empresas que fazem este trajeto, mas como estamos na Bolivia, todas tem o mesmo horário de saídas diárias as 8:30 e as 13:30), chegamos em nosso destino as 18:00. A viagem é bem tranquila, e existe um trajeto que temos que descer do ônibus e pegar um barco que custa 1,50 Bs até o outro lado do lago e lá, novamente voltamos ao ônibus, este seria um trajeto muito gostoso de fazer se não fosse a chuva e também o motorista do ônibus que nem se importa se seus passageiros são turista e desconhecem o caminho, ninguém nos informa o que devemos fazer, como pegamos o barco, onde podemos pegar o ônibus novamente, todos se sentiam perdidos. Mas felizmente no final tudo deu certo.


        Em Copacabana não existe um terminal rodoviário, descemos numa rua onde ficam as empresas de ônibus e turismo, caminhamos pela região em busca de um hostel, e na praça central havia uma moça com informativos de hostels, escolhemos um e lá mesmo havia uma pessoa que nos levaria de carro até ele (Holas del Titicaca). No dia seguinte, estavamos caminhando e encontramos um hostel melhor, com uma boa vista para o Lago Titicaca e possuía um quarto mais arejado, Hostel Sonia na Calle Murillo, os dois hostels tinham o mesmo preço 30,00 Bs por pessoa com banho privado e água quente.


           Pela manhã fomos conhecer a "Horca del Inca" (2 Bs para  entrar e o mais curioso foi que o rapaz apareceu do nada para cobrar os 2 Bs) é um grande morro com formações rochosas que antigamente era o observatório astronônico Inca.


           A tarde fomos no "Cerro Calvário", um trecho um tanto cansativo com subidas marcadas por escadas e pedras mas vale a pena a vista pois de lá, tem-se uma visão privilegiada do lago Titicaca, o mais interessante, seria fazer esse percurso no final da tarde para poder ver o por do sol.


           Em Copacabana existe a "Catedral de la Virgem de la Candelaria"  uma construção do século XVII, lá existem muitos peregrinos em busca de graças, mas o mais interessante é que em frente a catedral existem muitos carros parados em fila e todos enfeitados esperando serem abençoados, após isso, seus donos acendem fogos de artificio e jogam champagne em seus carros.


         No Hostel Sonia conhecemos a Camila, Lorena e mais uma amiga que são da Bahia  e também estavam fazendo um mochilão, acabaram de chegar do Peru, e iriam no dia seguinte a "Isla del sol", como elas estavam fazendo um caminho contrário ao nosso, nos deram algumas dicas sobre Machu Pichu, Cusco...  Conhecemos também outros brasileiros enquanto fazíamos o passeio ao "Cerro Calvario". E a noite, enquanto jantávamos, conhecemos um casal de austríacos que falavam fluentemente espanhol, eles largaram tudo como nós para fazer o mochilão, já estavam a quase 3 meses viajando e como adoraram a América do Sul adiaram o dia da volta, mas como o dinheiro estava acabando, nos disseram que iriam até o Equador para trabalhar voluntariamente, tivemos uma ótima noite de conversa com esse casal austríaco onde falamos sobre política, economia, cultura da America do Sul...


          Dica: se quiser ficar longe de problemas evite o restaurante em Copacabana com o nome de restaurant vegetariano El Buho, pois tivemos alguns itens da nossa mochila roubada pelos próprios donos do restaurante e outra dica é provar a trucha a la plancha que é um peixe típido daquela região.





La Paz - Mais Uma Vez

         Voltamos para La Paz em uma Van que custou 25 Bolivianos por pessoa e dessa vez confesso com o coração partido sentindo saudades de Coroico. Agora ficamos na zona sul de La Paz na casa de nossa amiga do Hospitality. Estava interessado em conhecer Tiwanaku mais confesso que fiquei um pouco decepcionado pois pagamos 50 Bolivianos( uma dica compre o passeio na rodoviária, pois as outras empresas que estão na calle Linares) cobram de 60 a 80 Bolivianos)  para uma empresa que fazia o passeio até lá com um guia e mais 80 Bolivianos o ingresso que dava direito a conhecer o Sitio Arqueológico de Kalasasaya, Museo Arqueológico de Pumapunku, Museo Litico e o Museo Ceramico, então gastamos 130 Bolivianos por pessoa para ver 5% das ruinas de Tiwanaku pois os outros 95% foram saqueados pelos espanhóis para a construção das igrejas. Mais é uma cultura bem interessante os Tiwanaku pois estavam nessas terras antes dos Incas e sua língua o aymara até hoje é falada em vários países da América do Sul.

       Nossa amiga Paceña Jaqueline nos deu uma dica muito boa que seria visitar os restaurantes no bairro de Calacoto na zona sul (bairro de classe media) de La Paz pois estavamos traumatizados com a comida boliviana e lá, segundo ela, encontraríamos ótimos restaurantes. E realmente, conhecemos alguns restaurantes ótimos, o primeiro foi um indiano chamado British Curry House que fica na calle Reno Moreno, 20 (os pratos custam em torno de 35 Bolivianos) o outro foi uma churrascaria chamada Mi Terra que fica na calle Montenegro, 885 que tem como sistema o nosso tão amado serviço de rodizio, nesse pagamos 75 Bolivianos.
    
       No nosso último dia fomos conhecer um restaurante que os bolivianos chamam de  Peña (Peña são restaurantes que tem música típica boliviana ao vivo), esse que conhecemos fica na calle Jaen, 710, pagamos 35 Bolivianos de entrada para assistir o "Sangre Chaqueña", que cantam músicas típicas bolivianas da região de Tarija (algumas musicas lembram um pouco o forró nordestino e outras o fandango gaúcho como musica e como forma de dançar) a outra apresentação foi "Pepe Murillo y los Bolivianos", esse último vale a pena assistir pois não tem como não sorrir com as brincadeiras do Pepe Murillo, vocalista e também um dos donos do restaurante.

       Dicas: Se você pensa em estudar espanhol em La Paz uma boa dica é o I.E. que fica na avenida 20 de Octubre, 2315 (www.ie-spanishonline.com) que custa em torno de 40 a 32 Bolivianos por hora.

Coroico - Uma das Paisagens mais Lindas que já Presenciamos na Vida

    
       Após nos despedirmos de nossos amigos paceños que foram ótimos anfitriões e nos deram ótimas dicas e uma dessas foi passar por Coroico. Na partida, haviam vários modelos de vans, mini vans e ônibus para escolhermos (bom essas vans e ônibus não estão no terminal e sim perto da Plaza del Maestro), são tantos que podemos escolher o mais confortável e ainda pechinchar pelo melhor preço. Escolhemos uma mini van que nos cobrou 20Bs por pessoa. A viagem durou certa de 2horas.

         O melhor da viagem é a paisagem (lembra muito a descida da serra do mar, mas lógico, aqui são os andes a quase 4000 metros de altura), penso que foi uma das melhores que vimos até agora, montanhas imensas com seu picos com neve onde saiam pequenos rios com cachoeiras até o vale, la embaixo, mas lá embaixo mesmo, é tudo muito alto. A estrada é muito boa apesar das curvas tem seus túneis que cortam as montanhas e cachoeiras que passam do seu lado, quando vamos nos aproximando de Coroico, a paisagem vai mudando, tudo vai ficando mais verde, mais  intensa a vegetação e a temperatura vai subindo também. Somente uma coisa nos assustou, pensamos que não seria possível chegar a cidade, quando estavamos próximos penso que 6 km da cidade, era necessário subir a montanha e lá a estrada não é asfaltada e bem numa subida havia um rio descendo e suas águas estavam fortes, pensamos que a mini van não subiria, mas nosso "maestro", como se chamam os motoristas aqui, já estava craque nesse estrada e conseguiu subir sem nenhuma dificuldade., ufa!... e depois disso começamos a bater palmas para o "maestro" e os gringos que estavam la fizeram o mesmo.

          Descemos no centro da cidade, estava muito quente e tudo parecia muito sujo, estranho, andamos e fomos procurar um hostal, mas todos eram sujos, paramos pra tomar algo gelado e pensar... Resolvemos voltar, fomos a rodoviária, compramos nossa passagem de volta, estávamos tristes, decepcionados... Mas enquanto estava sentada esperando a saída do ônibus, o Juliano ficou olhando os cartazes de hotéis da cidade, ele ainda não havia desistido, foi ai que resolveu vender as passagens e irmos até esses hotéis anunciados. Havia um bem perto da rodoviária, fomos lá, era bonito mas não havia quantos com vistas para as montanhas e era justamente isso que queríamos, fomos procurar um táxi (15 Bolivianos) e pedir que ele nos levasse num outro hotel chamado Hotel Esmeralda (www.hotelesmeralda.com) onde um casal de gringos que estavam na nossa mini van haviam comentado. Ao descermos no hotel adoramos sua vista e ao conhecermos a vista que nosso quarto teria das montanhas, ficamos mais apaixonados ainda.  Resolvemos ficar, logo nos trocamos e fomos nos refrescar na piscina.  
  
           Ficamos dois dias no Hotel Esmeralda e posso afirmar que foi um dos lugares mais lindos que já olhei em minha vida, imagine você abrir a janela do seu quarto e dar de cara para uma montanha de quase 4000 metros de altura com picos de neve e tudo, bem foi essa dura paisagem que tive por 2 rápidos dias, isso custou um pouco caro para os padrões bolivianos (140 Bolivianos por pessoa) mais garanto que vale cada centavo. Outra coisa interessante no Hotel Esmeralda é que você paga 25 dólares e pode beber a vontade (vinho, cerveja, wisky, refrigerante, água,..) e ainda tem o direito a três refeições que por sinal foi a melhor comida que já provei na Bolívia.  


                  Dicas: se você pensa em conhecer Coroico a primeira dica que digo é que não  se assuste com a cidade, pois é muito suja e com um cheiro de ranso, então procurei uma ótimo hotel com uma vista para as montanhas e nem pense em fazer economias pois existem hostal que custam 20 bolivianos mais as condições de higiene são muito precárias e não terão uma boa vista para as montanhas a outra dica é que não existem casas de câmbio e nem caixas eletrônicos de saque internacional pela cidade. 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

La Paz a Capital mais Alta do Mundo

   
 Saímos de Cochabamba as 10:00 hs e chegamos em La Paz as 18:00 hs (pagamos 20 bolivianos na empresa Trans Copacabana), nossa amiga do Hospitality foi nos receber na rodoviária e a noite fomos jantar no centro de La Paz onde eu provei a exótica llama e uma dica para os turistas é provar a carne de llama que é muito saborosa.

  Pela manhã fomos com nossa amiga Rocevel conhecer o centro histórico de La Paz, onde conhecemos a Cruz Verde, a Calle Jaén, Plaza Murillo, Plaza del Estudiante, Av. 16 de Julio, Iglesia San Francisco (muito interessante pois tem uma arquitetura católica misturada com a dos andes... observe bem as colunas), Mercado de las Brujas, a "gringolândia" (Calle Linares),  a feira de miniaturas( perto do Mercado Camacho) que é comemorada anualmente no mês de fevereiro, no outro dia fomos conhecer o Valle de la Luna (pegamos uma van que custou 2.30 bolivianos e a entrada custou 15 bolivianos).

  La Paz foi fundada pelos espanhóis para ser uma ponte de ligação entre Potosí e Lima, com uma população de aproximadamente 1 milhão de pessoas e El Alto (um município que recebe os camponeses em busca de trabalho em La Paz) que era um bairro de La Paz e virou município com uma população de quase 1 milhão de pessoas, esta região possui somente duas grandes indústrias uma é a da cervejaria Paceña e a outra é uma indústria de cimentos, embora Sucre continue sendo legalmente a capital do país a sede do governo esta em La Paz.
  
  Aprendemos um pouco da cultura Paceña com nossa amiga Rocevel e sua familia com relação ao respeito que os bolivianos tem com a Pacha Mama (Mãe Terra) que é a deidade máxima dos Andes. O que achei mais interessante em La Paz é o fator de estar cercada pelas montanhas, isso  da um visual bem interessante e uma certa limitação geográfica tornando uma cidade bem compacta. La Paz tem um trânsito bem caótico sem muitos semáforos e sinalização em seus cruzamentos, sendo a preferencial de quem chegar primeiro ou de quem mais buzinar por isso acredito que  La Paz deveria ser chamada de a "Capital da Buzina".

  Uma dica que nossos amigos paceños nos deram é trocar o taxi pelas vans por motivos de segurança. O principal meio de transporte público são as vans que custam em torno de 1 a 2,30 bolivianos (dependendo do percurso) e não existe ponto fixo é só dar a mão e ler o itinerário ou então fazer o mais difícil tentar entender o que eles estão gritando pela janela.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cochabamba a Cidade dos Jardins

     Pegamos o ônibus a passagem custou 25 bolivianos) para Cochabamba as 12:00 hs e chegamos as 17:00 hs a viagem foi tranquila pois a estrada e o ônibus são razoavelmentes bons. Ficamos na casa de nosso amigo do couch que por sinal foi uma ótima estadia com o nosso amigo. A noite fomos jantar perto do cine center na Casa de Campo(as refeições custam em torno de 50 a 70 bolivianos), que tem ótimos restaurantes naquela localidade, com o nosso amigo Jhonny e um casal de franceses. Cochabamba é considerada uma cidade progressista e economicamente ativa, sendo conhecida como o "celeiro" do país pela sua variedade de produtos agrícolas é uma cidade que tem varias faculdades e por isso tem muitas pessoas estrangeiras incluindo ai brasileiros que estão estudando medicina. No segundo dia fomos visitar o Cristo de la Concordia que é o maior do mundo ultrapassando em 4,20 m a do Cristo Redendor do Concorvado no Rj. Para chegar ao Cristo Cochambabino fomos de teleférico (8 Bolivianos a ida e volta) pois não tivemos coragem de subir nos 1.399 degraus.

     Nossa segunda noite ficamos em casa pois os nossos amigos franceses estavam passando mal por causa da comida e a Katia também estava na mesma situação. Bom uma dica para quem esta chegando agora na Bolívia escolha os restaurantes com muita atenção e nunca, mas nunca coma a comida vendida nas ruas e uma boa dica são os restaurantes perto do cine center são um pouco mais caros mais as condições de higiene são melhores. Uma coisa interessante é que nos restaurantes e rádios de Cochabamba tem muitas músicas brasileiras nos mais simples tocam Samba, Forró, Axé Music, Tecno Brega e nos mais caros ouvimos MPB e Bossa Nova, mais quanto a comida brasileira nossa amigo cochabambino Jhonny nos disse que tem um uma ótima churrascaria brasileira mais devido aos problemas de saúde da Katia não fomos conferir e matar a saudade de um churrasco brasileiro.
  
          Uma dica que os cochabambinos nos deram é pegar um ônibus ou táxi trufi que é um táxi que leva vários passageiros e tem um itinerário semelhante a um ônibus coletivo e nunca pegar um táxi na rua sozinho porque os taxistas independentes são famosos por assaltar seus passageiros, se precisar de um táxi, dê preferência para os rádios táxis que são empresas mais confiáveis e tem registros das chamadas.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Oruro o Melhor Carnaval da Bolívia

        Fomos contra os conselhos do casal pacenho que fez o passeio do Salar de Uyuni conosco que nos indicaram pegar o trem até Oruro resolvemos pegar o ônibus que saía às 20:00 hs e chegaria às 04:00 hs em Oruro porém o "busão" ( a passagem custou 70 Bolivianos ) chegou as 07:00 hs em Oruro e ai começou umas das nossas  maiores aventuras nas estradas bolivianas pois a estrada estava em péssimas condições, já viajei por uma parte da famosa Transamazônica e outras mil estradas no Brasil, mais nunca tinha visto uma estrada em péssimas condições como essa, então quando o "busão" quebrou e ficamos horas e horas no meio do nada parados, esperando o motorista consertar o ônibus foi nessa hora que conseguimos dormir, então depois de muito buraco chegamos em Oruro totalmente quebrados e quando saímos do ônibus fomos entrar no primeiro hotel que estivesse a nossa frente só que como chegamos as 07:00 hs e num domingo, a maioria dos hotéis perto da rodoviária estavam fechados, então com muita sorte e depois de tocar muito a companhia um filho de Deus abriu a porta do Hotel Gutierrez ( custou 60 Bolivianos com Internet Wi Fi e banheiro no quarto ) e finalmente fomos tomar um banho e dormir um pouco.

    Oruro é considerada a capital folclórica da Bolívia, onde tem o melhor carnaval.  Segundo  nos disseram o carnaval é uma dança para homenagear a "Virgen de la Candelaria" que é a padroeiro da cidade, fora a época do carnaval Oruro não tem muitas atrações turísticas mas mesmo assim resolvemos conhecer a cidade.  A área mais interessante se encontra nas proximidades da Plaza 10 de Febrero o que dava em torno de uns 20 minutos caminhando de onde estávamos, tivemos a sorte que no dia que saímos encontramos uns ensaios para o carnaval e podemos sentir o clima do famoso carnaval de Oruro.

      

Um Planeta Chamando Salar de Uyuni

      Às 12:00 hs saímos de Potosí para Uyuni, a passagem custou 35 Bs e chegamos em Uyuni as 17 hs, seguimos o conselho do nosso amigo taxista e fomos na melhor companhia que é a Emperador, pois as outras segundo ele  não tem uma boa estrutura, um bom trecho da estrada estava asfaltada e onde não estava asfaltado, havia uma companhia brasileira terminando o asfalto, pelo caminho continuamos olhando uma linda paisagem dos andes com lhamas, alguns gados, cactus e sempre as montanhas tocando as nuvens.

     Chegando a Uyuni tivemos uma certa dificuldade em encontrar hotéis pois muitos não tinham muita estrutura mas possuíam altos preços. Depois de andar um pouco pela cidade encontramos o hotel Mosoj que infelizmente não tinha Internet Wi Fi e para tomar banho era problemático, somente das 7 as 9 hs e das 19 as 21hs, isso para um brasileiro é um fator fundamental, mas como não tínhamos muitas opções e seria para apenas uma noite, acabamos ficando. Quando fui sacar dinheiro no caixa eletrônico vi uma coisa pitoresca um casal de gringos hipnotizado olhando na televisão um vídeo de um grupo musical, ai quando cheguei próximo olhei que era um grupo de tecnobrega do norte do Brasil então falei para a Katia olha a pirataria quebrando fronteiras.

       A noite saímos para fazer umas das coisas mais arriscadas aqui na Bolívia que é fazer uma refeição com os pratos bolivianos, como não estávamos dispostos a correr riscos e tínhamos planos de passar o dia num passeio, escolhemos uma pizzaria. Como em Uyuni existem muitos estrangeiros(eles também tem medo da comida boliviana e vivem se alimentando so de pizza), há uma grande variedade de pizzas e massas no calçadão, escolhemos um lugar com mais movimento (pois supostamente deve ter o melhor atendimento e comida) que se chamava Café Mexican Pub - la pizzeria italiana, desta vez não passamos mal com a comida, simplesmente não comemos! Ficamos sentados por mais de 1 hora, havia somente 2 pessoas atendendo e nada da nossa pizza... resolvemos perguntar se haviam esquecido, e eles trocaram o pedido e mesmo errados queriam nos empurrar outra pizza de sabores e tamanho diferentes dos que pedidos pelo mesmo preço, isso nos indignou, porque normalmente quando ocorre uma situação como essa, a casa faz um preço bem melhor e se desculpa pelo engano para não deixar o cliente insatisfeito, mas a solução ficou longe disto, reclamei com o "gerente" e o avisamos que iríamos recomendar mal seu estabelecimento,  ele nem se importou, então nossa vingança veio cedo pois assim que estávamos saindo da pizzaria tinha uns 15 gringos entrando ai foi so falar mal da comida do lugar que eles foram procurar outra pizzaria, então, se vão a Uyuni evitem aborrecimentos e fiquem longe deste lugar. 

       Depois de fazer uma chorada no preço, conseguimos um preço de 100 Bs por pessoa para fazer o passeio de 1 dia pelo Salar de Uyuni, mas atenção com isso pois existem agências que chegam a cobrar até 250 Bs por pessoa, a que conseguimos o desconto cobra 150 Bs mais com uma chorada ficou 100 Bs a diferença de preço não tem relação com a qualidade do serviço pois todas estão no mesmo nível, a maioria das agência estao concentradas onde os ônibus saem e as outras no calçadão que fica perto da Av. Potosi.

         No dia seguinte, saímos cedo do hotel com nossas mochilas e as deixamos na agência que iria nos levar ao passeio, saímos para Salar de Uyuni as 10:30 numa caminhonete Toyota 4x4, e conosco foram um casal de pacenhos, dois argentinos e um suíço que ficou no meio do caminho para poder conhecer melhor a região. O passeio consistia em uma visita ao Cemitérios de Trens,  uma vila chamada Colchani onde poderiam ser comprados souvenirs, tirar fotos no Museu de sal, ver a fabricação do sal e a pior parte, para quem queria usar o banheiro, pagar 2Bs para usar um banheiro que pensamos ser o mais nojento que entramos até agora, o mais engraçado era que havia um cartaz dizendo para não tirar fotos, penso que todos se impressionam com ele. Depois desta parada partimos para o nosso objetivo, conhecer o Salar de Uyuni, estávamos ansiosos, e quando chegamos, realmente aquele lugar não possui palavras para descrever tanta beleza, parecia que estávamos em outro planeta. Após tirarmos várias fotos seguimos mais a frente até Hotel de Sal, onde almoçamos e tiramos mas fotos. Ficamos um pouco receosos, pois estava se aproximando umas nuvens carregadas e se chovesse, estragaria todo nosso passeio pois não poderíamos presenciar o espelho d'água, mas felizmente tudo correu bem, voltamos as 16Hs e as 17:30Hs chegamos a agencia para pegar nossas mochilas e comprar as passagem para o ônibus que nos levaria a Oruro.


        Dicas: Nunca faça câmbio em cidades menores como Uyuni,Potosi,... se precisar fazer câmbio faça em La Paz, Santa Cruz de la Sierra ou na fronteira com o Brasil pois  vocês vão sair perdendo na troca de Reais para Bolivianos.

 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sucre - A Capital Constitucional da Bolivia

         Após pegarmos um táxi(10Bs) até a Plaza 25 de Mayo que localiza-se no centro da cidade, fomos procurar um hotel, encontramos um com um preço razoável (160 Bs a diária para casal), tomamos um banho e descansamos pois nossa viagem até Sucre foi bem tumultuada com o "pula-pula". Depois de nos recuperarmos, fomos dar uma volta pela cidade, não sabemos se foi por causa do clima seco ou a diferença de altitude (2800m) sentimos falta de ar e um pouco de dor de cabeça. O clima já esta melhorando, uns 20°C, já que não gostamos do calor. Estamos nos preparando para a ida a Potosi que é  bem mais alto e frio.



         A cidade é muito bonita e tem várias atrações já que esta preparada para receber turistas,sendo a população bastante hospitaleira e sorridente, aqui notamos uma população mais miscigenada com menos traços indígenas do que Santa Cruz mais ainda com fortes traços indígenas se comparado ao Brasil. Pela rua encontramos muitas pessoas vendendo comida como pães, saltenha e algumas coisas que não identificamos ainda, rs. Mas vale uma dica, tome cuidado onde come porque não há muito higiene na manipulação desses alimentos e que também, como não vivemos aqui, nossa flora intestinal não esta preparada, desta forma, é muito comum termos diarréia.  

         Sucre foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) é um lugar para quem gosta de historia, casarões antigos, igrejas,praças... Fundado sobre ordem de Pizarro, em 1538, Sucre foi a residência e o centro da burguesia espanhola. Do ponto de vista da arquitetura, Sucre continuou mantendo o mesmo charme do século XIX, o que faz  ser considerada a cidade mais bonita da Bolívia.

                           PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS
                          - Basílica de São Francisco
                          - Igreja de São Lázaro
                          - Praça de Armas
                          - Casa da Liberdade
                          - Biblioteca Nacional
                          - Catedral Metropolitana
                          - Palácio do Arcebispo
                          - Igreja das Mercedes de Sucre
                          - Parque Cretácico

    Passamos três dias em Sucre e logo no primeiro dia conhecemos três cariocas no supermercado que estavam la a trabalho e através deles conhecemos mais três brasileiras que estão estudando medicina e enfermagem em Sucre. Então essas brasileiras que estudam e já estavam na cidade há 5 anos se tornaram nossas guias brasileiras fomos conhecer a Feira Campesina juntamente com um dos cariocas que conhecemos, nesta feira se encontra de tudo: roupas, barracas, panelas, comida e até fetos de animais usados para fazer rituais, a feira fica um pouco afastado do centro, mas de ônibus não fica tão longe. Depois do passeio na feira, fomos almoçar na casa das brasileiras, que como todo brasileiro, são muito hospitaleiras. A tarde, fomos comprar umas roupas de frio (já que em Potosi a temperatura a noite esta próximo de  1°C) no Mercado Negro que não fica tão longe da Plaza 25 de Mayo na hora de pagar as roupas sentimos falta da nossa guia Antônia considerada a nossa "pechinchadora" oficial para os brasileiros que falam um portunhol, rsrs...bom realmente as roupas de frio aqui são bem mais baratas do que no Brasil e esse foi o motivo de ter comprado aqui e não no Brasil.

       No dia seguinte fomos almoçar na hotel de nossos novos amigos cariocas, já que o quarto que estavam hospedados possuía uma cozinha, a esposa de uma deles, a Cris, havia ido conosco na Feira Campesina e comprado ingredientes para fazer feijão e macarrão, como todo carioca, eles estavam com saudades do feijão brasileiro. 

      Passamos bons momentos com nossos amigos brasileiros Antônia, Gracielly e Paula que moram em Sucre há 5 anos para estudar e dos cariocas Mauro, Newman e Cristiane.

      Saímos em rumo a Potosi as 11:30 (15 Bs), foram 4 horas de viagem. O mais interessante desse percurso foi a vegetação, o relevo, a subida pela Cordilheira dos Andes tocando as nuvens, tudo isto é algo indescritível, algo que uma simples narração não chega nem perto da emoção.

        Dicas: Para quem achar digamos um pouco estranho a comida e os restaurantes de Sucre uma boa alternativa seria a pizzaria Cozzolisi que fica na praça 25 de Maio, outra dica para quem esta interessado em fazer um curso de espanhol em Sucre você encontrar ótimas opções a um preço baixo( www.foxacademysucre.com,www.megustaspanish.com,     www.sucrespanishschool.com, www.bolivianspanishschool.com ). Quanto ao câmbio não vale a pena pois conseguimos trocar nossos reais na fronteira e em Santa Cruz valendo 3.90 bolivianos ja em Sucre nas casas de câmbio o nosso real vale somente 3.40 bolivianos(na Internet esta valendo 4,17 bolivianos).















terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sétimo Dia - Santa Cruz de la Sierra

    Santa Cruz de la Sierra é a cidade mais populosa da Bolívia , e seu crescimento demográfico é o segundo mais rápido da America do Sul (depois de Maracay, na Venezuela), sendo atualmente também a 14ª cidade que mais cresce no mundo. É também o departamento mais rico da Bolívia respondendo por mais de 30% do PIB Boliviano. Os  Crucenhos são separatistas e sonham formar um novo pais com sede em Santa Cruz.
    
   Quando chegamos em Santa Cruz e fomos procurar um hotel(pagamos 140 Bolivianos no hotel Copacabana), resolvemos pagar um pouco mais caro e ficar em um com ar condicionado pois depois de pegar um calor insuportável em Corumbá ficamos com "calorfobia".

     Lugares que conhecemos:
     - Mercado de Bario Lindo (taxi custa uns 10 bolivianos) lá você encontra de tudo!
     - Parque Arenal (da para ir caminhando apartir da praça 24 de setembro)
     - Cabanas do Piray (táxi custa 15 bolivianos)
  - Plaza 24 de Setiembre - aos arredores da praça você encontra muitos restaurantes, hotéis, casas de câmbio e lojas.

     Para quem gosta de artesanato existem várias lojas ao redor da Plaza 24 de Setiembre além de hotéis e restaurantes. Para o almoço vale a dica de pedir o prato do dia que custa em torno de 18 bolivianos e vem como entrada uma sopa e como prato principal geralmente arroz, pollo (frango- os bolivianos gostam muito de frango e pimenta ) e batata frita e depois vem uma sobremesa. Uma dica pitoresca é aventurar-se nos micro ônibus que circulam pela cidade e que foram feitos para pessoas de no maximo 1,50m e se vocês foram pegar um taxi, vale a pena pechinchar .


     A noite fomos provar o pico macho ou picalomacho (40 bolivianos) que é salsicha ou linguiça, batata fria, carne, pimenta, ovo e um molho muito saboroso e levemente picante, para quem não gosta de pimenta, que é o meu caso cuidado com uma coisinha verde que se parece com o nosso pimentão que noa verdade é uma pimenta que arde pra caramba, so fui descobrir isso depois de ter colocado umas 3 fatias na boca, rsrs. Ufa! quase achei q não fosse sobreviver! Mas vale a pena a aventura.


    Os crucenhos possuem traços indígenas bem fortes e pelo menos a primeira vista notei que não são muito de conversar, são mais "secos", um fator interessante foi que depois de conversar muito com um taxista, ele ficou mais a vontade e falou que as pessoas de Santa Cruz têm medo dos brasileiros, comecei a sorrir e perguntei o por que, ai ele falou que eles olham muita noticia na tv sobre mortes no Rio de Janeiro por causa do tráfico ai ficam assustados por isso quando eles  escutam alguem falar em portugues ja ficam desconfiados.


    Pela tarde pegamos o ônibus para Sucre as 16 horas (passagem custou 80 Bs pela empresa de ônibus Santa Cruz.) e chegamos la por volta das 8:30 da manha da uma faixa de quase 700km de estrada na maior parte não asfaltada e em péssimas condições, para quem gosta de aventuras e não liga para conforto essa é a rota certa, pois de todas as viagens que ja fiz na minha vida a mais desconfortável foi essa, digo isso sem a menor duvida, o ônibus na verdade deveria se chamar de "pula pula", ele tem pneus muito altos por causa da estrada ruim e dos rios não perenes que aparecem ao longo do trajeto quando chove por perto, foi feito para uma total interação do passageiro com as estradas pois a cada buraco que ele passar você irá até o teto do "pula pula", mais tem o fato positivo que é a paisagem, a subida do "pula pula" na Cordilheira dos Andes com os cactos gigantes e os rios não perenes é linda, passamos por la quando os rios estavam secos, somente viamos pedras. Uma dica para quem for se aventurar num ônibus como este, primeiro coloque um saco plástico ou uma capa na sua mochila senão ela irá ficar pura poeira, quando for comprar a passagem escolha do lado oposto ao do motorista para nao pegar a fumaça toda do ônibus na sua cara e se você fechar a janela passará calor, não tome muito liquido pois não há banheiro e onde o ônibus para é nojento demais para usar o banheiro e nem pense em comer, leve um lanchinho e por último e o principal, lembre que isso é um "pula pula" e não um ônibus então não escolha as poltronas no final do ônibus, digo isso por experiência própria. 


     Uma coisa característica desta viagem é que você irá conhecer as Chollas que são as camponesas daqui descendentes de indígenas que mantém por muitos anos a mesma forma de se vestir: tranças nos seus longos cabelos, saia encorpada de rendas ou veludo com anágua mostrando as pernitas, chapéu típico e quase sempre um pano colorido nas costas, ou para transportar seus filhos, ou algum mantimento. Apesar da vestimenta apresentar o orgulho indígena esse  trajes foram os espanhóis (Carlos II em fins do século XVIII) que obrigaram as índias a usarem e foram calcados nos vestidos regionais das camponesas espanholas da Extremadura, Andaluzia e país basco, e o mesmo ocorre com os penteados das indígenas repartidos ao meio, impostos pelo vice-rei Toledo.¨ Mais uma coisa todas a cholas tem em comum que é uma face dura, mostrando que sao mulheres batalhadoras de uma vida muita dura cheia de privações e dificuldades vivendo as margens de  uma sociedade que as esqueceu como seres humanos.


       Ah, estava esquecendo, assim que o ônibus estacionar para o embarque, entre logo no ônibus pois as chollas carregam muitas coisas e vão "socando" tudo isso no bagageiro e na poltrona ocupando todo o espaço.É engraçado de ver, elas carregam muitos sacos e colocam tudo no bagageiro, poltrona e no chão, quando você vê fica tentando imaginar onde que elas vão sentar, e o mais incrível, elas conseguem se encaixar no meio daquela bagunça. Outra coisa que você verá e terá que tomar cuidado, elas colocam um pano no corredor e deitam la ou colocam seus filhos. No meio da noite, se quiser se levantar, não esqueça disso!

Sexto dia - Trem da Morte

    Hoje pegamos um ônibus (1,75 Reais a passagem) na praça da República em Corumbá e descemos na fronteira com a Bolívia. A passagem através da fronteira é tranqüila mas recomendo chegar com antecedência pois há muitos bolivianos entrando no Brasil  e na hora de fazer a saída do Brasil  (carimbar o passaporte pela Policia Federal Brasileira) pegamos o maior tumulto por causa da quantidade de bolivianos  que estavam na fila querendo entrar no pais, apesar de não haver fila para os brasileiros darem saida, a entrada era a mesma porta para ambos dificultando nossa entrada na PF. Já do lado Boliviano pegamos uma boa fila pois tinha acabado de chegar um ônibus com muitas pessoas para dar entrada na fronteira, depois de darmos entrada na Bolívia carimbando nossos passaportes (os documentos necessários para entrar na Bolívia são o passaporte ou carteira de identidade com uma foto atualizada e a carteira de vacinação internacional comprovando a vacina da febre amarela que você tira na Anvisa de alguns aeroportos(10 dias)), após mostrar esses documentos a Policia Federal boliviana te entregará um papel que deverá ser mostrado quando for dada a saída do país. Aconselho a todos os viajante grampear a Carteira Internacional de Vacinação e o documento de entrada na Bolívia no passaporte, pois se perder os mesmos, terá muito dor de cabeça para voltar ao Brasil.  Após esta parte burocrática, pegamos um táxi (10 bolivianos) para chegar ao Terminal Ferroviário de Puerto Quijarro.


    Para o trem compramos a passagem da classe Super Pullman por 125 bolivianos (aconselhamos comprar essa classe por serem 16 horas de viagem e a diferença de preço do vagão Pullman ser pequena, porém o "conforto" é bem diferente entre elas). Embarcamos no Trem da Morte e saímos as 16:30 (mais não se esqueça, que em Puerto Quijarro tem horário de verão e tem 1 hora a menos em comparação ao horário de Corumbá) a viagem dura umas 16 horas em um trecho de um pouco mais de 640 km.

      Sobre o lendário trem da morte ja havia lido muitas coisas sobre ele, mas a maioria é lenda  então não fique assustado quando você for pesquisar no google sobre esse trem e ler algumas coisas digamos " estranhas" sobre ele, mas voce ficara aliviado quando entrar no trem e olhar que nao tera que dividir sua cadeira com algum porco ou galinha e que o trem até que é razoavelmente limpo e seguro mais o único perigo que existe nele é você pegar uma dor de barriga com as comidas dos vendedores que sempre estão dentro do trem em cada parada e outro problema é que o trem balança muito lembrando um pouco um barco (alguns dizem que é falta de manutenção). O  trem ganhou esse nome quando na Bolívia teve uma epidemia de febre amarela e muitos corpos foram transportados nesse trem.


    Chegamos em Santa Cruz de la Sierra as 8:30 e ficamos no hotel Copacabana(280 bolivianos o casal com desconto da carteira do HI). Bom a primeira impressão que tive da cidade é que o trânsito funciona como um verdadeiro "caos organizado" sendo muito pitoresco e interessante. Quando olhamos não entendemos como não ocorrem muitos acidentes nesse transito caótico que a preferência vem de quem chegar primeiro.