domingo, 20 de março de 2011

As Linhas de Nasca

     Chegamos em Nasca as 7:00 hs e após irmos a casa de nosso Couchsurfing e não ter encontrado o mesmo, fomos para o hostal Guang Zhou que fica na Calle Fermin del Castillo,494, próximo a Plaza de Armas que custou 15 soles por pessoa com banheiro no quarto, Internet Wi Fi e piscina, uma boa dica é o restaurante do mesmo dono e com o mesmo nome que fica na calle Boulevard, prove o arroz com camarão que custa 7,50 soles mais tem que ter uma pouco de paciência pois o atendimento é péssimo e um tanto demorado e sempre fique de olho na conta pois a dona ou gerente do restaurante sempre vai tentar de cobrar um valor acima do que esta no menu, mas mesmo apesar desses "poréns", vale a pena porque a cidade possui vários outros restaurantes mas são bem mais caros, a comida não é tão boa  e o atendimento não é tão diferente. Outra boa dica é que procure o serviço de informaçoes de turismo da prefeitura que fica na Plaza de Armas, lá você pode pegar um mapa da cidade e  dos pontos turísticos da região e também as rotas de ônibus que saem de 30 em 30 minutos que passam perto das linhas de Nasca (tem dois tipos de passeio para ver as linhas de nasca um é de avião e o outro é terrestre). Fazendo assim, você vai gastar em torno de 4 soles a ida e volta do ônibus e mais 2 soles para entrar no mirante das Linhas de Nasca. As agências chegam a cobrar  de 80 a 110 soles por esse passeio, a única diferença é que o passeio que eles oferecem tem a entrada ao museu Chauchilla que custa 10 soles,  então tome cuidado com os preços abusivos dessas agências. Não fizemos o passeio aéreo pelas linhas que custaria em torno de 100 dólares.

   No segundo dia em Nasca, depois da recomendação de nossos novos amigos da Casa da Cultura, alugamos um taxi com o guia Leo por 100 soles que nos levou a Ocongalia (aquaductos), Cahuachi (pirâmides) e Estaqueria (campo com estacas) e também a um campo que era um cemitério do povo antigo de Nasca.

   A noite, fomos como o Luis Queiros o "perico", Paola e um amigo deles ao Centro Energético de Orcona, situado no povoado de Orcona, lá ele nos apresentou ao presidente da associação, Lucho, que nos recebeu em sua casa e nos acompanhou até o campo energético, onde eles dizem que muitas pessoas foram curadas de enfermidades, é um lugar místico que esta fora da rota turística mais para quem gosta vale a pena conhecer, o procedimento é entrar no campo energético, deita em sua areia permanecendo no máximo 45 minutos.

    Uma das comidas típicas de Nasca é a mistura de arroz com feijão chamado "Tacu tacu" que pode vir acompanhado de bife e ovo. Existe também o arroz tapado (carne misturado com arroz) e a Cachina um licor muito saboroso feito de uva que deve ser ingerido bem gelado.
   

Camaná e o Oceano Pacifico

    Pegamos um onibus as 13:30 para Camaná que custou 12 soles e leva em torno de 3 horas para chegar.

   Chegando na cidade fomos procurar um hotel e depois de procurar muito encontramos somente um hotel bom em termos de custo beneficio, que fica entre as esquina das ruas Garcí Carbajal e Agustín Gamarra que se chama Hospedaje Star mas o único problema é a pessoa da recepção é totalmente despreparada para receber os hospedes, simplesmente não nos atendeu quando voltamos para ficar com o quarto, deve ser por isso que seu hotel estava vazio, rs, então depois desse ocorrido compramos a passagem para Nasca (50 soles) que somente saíria as 23:30hs, fomos dar uma volta pela cidade até o horário de saída do ônibus.

   O interessante é que ao sair dos Andes e chegarmos a Camaná notamos outra cultura, dessa vez uma pouco semelhante a nossa do Brasil e sobre a estrada é bem interessante, ela nos lembra um pouco aqueles filmes de ficção científica, onde vemos somente deserto e montanhas de areia e pedra, quase nenhuma vegetação.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Arequipa - Canyon del Colca

    Chegamos em Arequipa as 06:00 hs e depois fomos para a casa do couch, mais chegando la olhamos que a casa não tem a menor condição básica de higiene (acredito que já tenha uns 6 meses que não há uma faxina nessa casa) e por isso resolvemos ficar num hostel situado a umas 4 quadras da praça principal por 15 soles por pessoa com banheiro no quarto e Internet Wi Fi (Hostel San Gregory, calle Alvarez Thomas,535), no outro dia fomos fazer o passeio para o Cañon del Colca (Canyon de Colca) que custou 60 soles e mais 35 soles para entrar no Valle del Colca e durou 2 dias, onde no primeiro dia já no caminho paramos algumas vezes para conhecer alguns pontos como o Mirador de los Andes cuja altitude é de 4910m, a Reserva Nacional de Salinas e Aguada Blanca que possui a maior população de Vicunhas do planeta, este parque possui também lhamas e alpacas, conhecemos a cidade de Chivay e depois o grupo foi para as águas termais (bom, não fomos por que estava com febre) e a noite fomos jantar em uma peña. Na praça principal     da cidade, a população estava festejando o carnaval, havia muita dança, música e seus trajes típicos e mesmo com chuva e frio (2C), eles continuavam dançando e comemorando, isso foi o mais nos chamou atenção, apesar de toda a beleza da festa e o melhor sem a necessidade de jogar água ou lama nas pessoas. No segundo dia bem cedo, fomos para o Valle del Colca, onde conhecemos algumas cidades como Yangue e Maca, bom o tempo não nos ajudou pois a nossa amiga inseparável no Peru, chuva e neblina, não nos abandonou. Então não podemos ter uma boa vista do Valle del Colca, dos vários condores que ficam lá pela manhã e nem dos mirantes, mas mesmo assim gostamos muito do passeio e fizemos ótimos amigos como o Ivan de Campinas, a Mariana, Juliana e Carol do Rio, o espanhol Eudald, a canadense Amélie e um casal de Peruanos (Renzo e Kinyi).

   Arequipa tem uma população aproximada de quase 1 milhão de habitantes, sendo uma cidade com cenários fantásticos como canions, desertos, vulcões (Misti, Chachani e Pichu Pichu),  montanhas, vales e casas coloniais uma curiosidade é que os arequipenhos assim como os habitantes de Buenos Aires tem aquela auto estima exagerada e acreditam que a cidade em que vivem é quase um território a parte em seu país.

   Se você gosta de comida chinesa e também quer fazer uma boa refeição sem gastar muito a dica é comer no "chifa" Grand Cheft que fica na calle Santo Domingo,206 próxima a Plaza de Armas (uma refeição com muita comida no prato custa em torno de 7,50 soles). E se depois quiser apreciar uma sobremesa, prove o tradicional sorvete de queijo, que não tem sabor de queijo, segundo a dona da sorveteria, possui esse nome por ser feito de leite fresco assim como o queijo.

    Durante nossa viagem e em cada cidade que passamos, sempre entramos em contato com pessoas do site couchsurfing (www.couchsurfing.org) que oferecem toda sua hospitalidade e nos cedem um local para dormir, já ficamos em algumas casas de pessoas do couchsurfing e fomos muito bem recebidos e fizemos ótimos amigos, mas infelizmente aqui no Peru estamos tendo alguns problemas como pessoas que querem te vender um local para ficar, guias que querem  vender pacotes e agora, o último que ficamos foi em Arequipa, que não tinha a  menor estrutura para receber alguém em sua casa e ainda, lá "perdemos", digo assim porque sumiu na casa do couch e não quero fazer acusações, nosso celular e carregador. Ficamos muito chateados com isso.

terça-feira, 15 de março de 2011

Cusco - Uma das Cidades mais Bonitas do Peru

   Pegamos o Trem que custou 33 dólares de Aguas Calientes a Ollantaytambo, a viagem durou umas 2 horas e a paisagem é linda mais gostei mais da paisagem do outro caminho alternativo que fizemos(Urubamba a Santa Teresa), de Ollantaytambo pegamos uma van, que custou 10 soles, para Cusco a viagem durou uma faixa de 2 horas. Quando chegamos em Cusco fomos para o Hostal Beit Asimha que fica na calle Baja a umas três a quatro quadras da Plaza das Armas, que custou 15 soles com Internet Wi Fi e banheiro no quarto.

  Descobrimos um restaurante indiano chamado Maikkhan que fica na galeria La Merced, Av. El Sol, 106, a refeição custa 15 soles com comida ilimitada.

  A noite fomos pegar o ônibus para Arequipa que custou 30 soles e durou 10 horas de viagem. Uma dica ao chegar em Cusco pegue o taxi fora da rodoviária que custa 2,50 soles para o centro da cidade, mais cuidado para os "gringos" o preço é especial e custa de 5 a 9 soles, isso vai depender de como esta o grau de cara de pau do taxista mais pague somente 2,50 soles, pois é esse o valor certo, mais se você quiser fazer uma economia da uns 15 a 20 minutos caminhando para a praça principal (somente seguir a Av. El Sol que você vai chegar ao centro da cidade e nessa avenida há artesanatos mais baratos para se comprar). 

  

Machu Picchu - Uma Rota mais Barata para Machu Picchu

 Saímos de Urubamba as 8:30 hs e a passagem custou 20 soles (a passagem custa 15 soles mais como era uma segunda depois do carnaval a passagem aumentou para 25 soles mais graças ao nosso amigo Wilson que conversou com o vendedor, a passagem custou 20 soles) e chegamos a Santa Maria as 14:00 hs ( e posso falar que foi umas das viagens mais "perigosas" que fizemos pois o nosso ônibus foi atacado umas 30 vezes com bolas de águas, muitos passageiros ficaram molhados quando eles foram acertados com as bolas de águas), depois pegamos um táxi coletivo com um casal de franceses que custou 15 soles ate a hidrelétrica de Santa Teresa e da hidrelétrica fomos caminhando por uma trilha que acompanha a linha do trem até Aguas Calientes o que leva em torno de 2 a 3 hs dependendo do seu passo (para quem não gosta de trilhas pode pegar um ônibus de Cusco a Ollantaytambo (acho que custa uns 10 Soles) e em Ollantaytambo tem  o  trem que custa 33 dolares o bilhete de ida até a cidade de Aguas Calientes (este é o valor do bilhete mais barato no trem) . Bom, voltanto a trilha, essa foi uma das mais lindas que fizemos nesse mochilão, a paisagem dentro da floresta beirando o rio é espetacular e o mais interessante arrumamos um amigo que nos acompanhou os 11km de trilha que durou 2horas e 40 minutos, um cachorro. Ele participou de todas nossas paradas para tirar fotos e descansar. Não entendíamos porque ele nos acompanhava, mas quando chegamos a Aguas Calientes descobrimos o porque, ele era um "cão guia", nos disseram que na cidade existem uns 4 cachorros que fazem isso, acompanham os turistas e fazem isto todos os dias, vão e voltam.

     Após nos despedir de nosso amigo, fomos ao hotel chamado Angie's (20 soles a diária) que fica perto da praça principal. Depois fomos jantar. Uma coisa que percebemos foi que se você quer comer bem e por um bom preço, vale a pena optar pelos restaurantes chineses (chamados de chifa), eles tem um preço acessível, em torno de 10 soles e a comida é muito boa comparada aos restaurantes tradicionais da cidade, e o mais importante, em  Aguas Calientes cobra-se uma taxa de serviço que varia em torno de 15 a 20%, as vezes até mais, porque eles arredondam o valor, já nos restaurantes chineses, não existe essa taxa. Ela também não é cobrada nos restaurantes que não ficam nas ruas principais, esses se encontram nas travessas delas. Então se você que fugir das taxas abusivas evite os restaurantes da rua principal e se quiser economizar a dica é procurar o restaurante antojitos que custa 7 Soles uma refeição.

     Após jantar, fomos dar uma volta na cidade e comprar o bilhete para a visita a Machu Pichu   (126 soles e tem que levar o passaporte) que faríamos na manhã seguinte já que o dia foi lindo e nenhum sinal de chuva. Mas durante a madrugada, começou uma chuva bem forte, e quando amanheceu ela diminuiu mas continuava a garoa, como já havíamos comprado o bilhete, tivemos que ir mesmo assim. Como havíamos planejado, subiríamos até Machu Pichu de ônibus (8 dolares) e voltaríamos a pé para aproveitar a paisagem e economizar também, mas na hora de ir embora a chuva não cessou e tivemos que voltar de ônibus.

     Ao chegarmos a Machu Pichu não estava mais chovendo, então caminhamos pelas ruinas e fomos em direção a montanha de Huaina Pichu porque para poder subir, existe um horário máximo (10:00hs) e também um limite máximo de 400 pessoas por dia. Subimos até o pico de Huaina Pichu, um caminho nada fácil que leva mais ou menos 1hora mas que vale a pena pois de lá poderíamos ver as ruínas da cidade de Machu Pichu. Assim que chegamos, havia neblina cobrindo a vista, mas a vezes abria e num desses momentos pudemos admirar a maravilhosa visão daquela montanha. E logo começou uma garoa que as poucos foi ficando mais forte, resolvemos descer.

      De volta a Machu Pichu ficamos esperando a chuva passar e também a neblina que estava cobrindo as ruínas. Esperamos, esperamos, e nada da neblina passar, quando já estávamos nos conformando em ficar sem fotos e termos que voltar um outro dia, a chuva e a neblina passaram, corremos para tirar nossas fotos e subir até o mirante para tirar a foto tradicional da cidade de Machu Pichu. Podemos conhecer todas as ruínas e tirar nossas fotos, quem não fez isso logo, perdeu a chance porque logo a neblina voltou junto com a chuva.

     A noite saímos para jantar com um casal de amigos peruanos (Carlos e Jessica) que conhecemos em Urubamba e trabalham em Machu Pichu.

      Uma dica para quem gosta de fazer trilhas há uma cachoeira que esta cerca de uns 35 minutos de Aguas Calientes e perto dessa trilha a um museu que deve custar uns 10 Soles e para quem chegar cansado de Machu Picchu com 10 Soles você paga a entrada para as aguas termais.

Urubamba e o Carnaval do Peru

   Chegando em Urubamba fomos para a casa de um "couch" mas acabamos indo para um hotel pois esse "couch" confundiu hotel com couchsurfing. Depois fomos conhecer umas ruínas fora do roteiro turístico que fica no topo de uma montanha e da uns 40 minutos de caminhada depois da Casa Colibri. 


 Conhecemos uma peruana chamada Karen que trabalha nas informações turísticas da Prefeitura que nos indicou um hostal chamado Misky Illari na calle Belen que fica perto da praça principal e custou 15 soles com banheiro no quarto, Internet Wi Fi e o melhor podíamos usar a cozinha. Nesse hostal conhecemos os irmãos do dono do Hostal (Wilson e Tomas)  que foram nossos guias pela cidade, eles nos levaram para a chácara de seus pais que por sinal é um bonito lugar, onde conhecemos sua familia e depois fomos caminhando com o seu sobrinho Carlos, Jessica e o nosso guia Tomas para as ruínas do palácio do inca Manco Sayri Tupac II que fica em Yucay, passamos uma ótima tarde com os nossos amigos peruanos que nos contaram as historias das ruínas, nos mostraram os lugares onde foram travadas as batalhas, nos ensinaram um pouco de Quechua, e o mais interessante, mostraram uma ruína diferente de todas as ruínas Incas que já havia visto, nelas haviam duas escadas a do lado esquerdo era usada pela Rainha dos Incas e a do lado direito era onde o rei Inca descia e no final do passeio fomos tomar o "wisky dos Incas" que é a chicha branca que nada mais é do que o milho fermentado, meio litro custa 0,40 centavos de soles, então pegamos um ônibus para voltar a Urubamba e pagamos 0,60 centavos de soles.

    O carnaval de Urubamba foi comemorado no dia 6 de Março (domingo) e o que podemos falar que é bem diferente do Brasil pois aqui as pessoas jogam águas umas nas outras (muitas da rua contaminadas pelo esgoto)  e se não tiver água vai a lama ou então espumas nos olhos e quanto as brincadeiras com águas chegam a machucar as pessoas pois as bolas de águas são jogadas com muita força nas pessoas que estão na rua, por causa disso saímos só para conhecer o carnaval e logo logo voltamos com muito frio e muita  preocupação de levar uma bola de água ou lama na cara. 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Vale Sagrado dos Incas

   O Vale Sagrado dos Incas (Pisac, Calca, Urubamba, Yucay, Tipon, Ollantaytambo, Chinchero, Maras, Complexo Arqueológico de Moray, Salineiras de Maras...) fica entre Cusco e Machu Picchu e é formado por vários rios na qual o rio Urubamba esta como o principal rio desse Vale, é um lugar onde os Incas aproveitaram a beleza e as riquezas das terras para fundar importantes centros urbanos e religiosos.


  Passamos dois dias em Suyai Wari( um fazenda administrada pelo Enrique que fundou uma  ONG) que fica no Vale Sagrado dos Incas (perto de Huambutio), no primeiro dia fomos caminhando ( 45 minutos) para conhecer as ruínas de Pikillacta (acho que o valor é de 10 soles, bom não sei o valor por que entrei com uns amigos peruanos pelo lado dos camponeses) e depois pegamos um ônibus (2 Soles) e mais 50 minutos caminhando para chegar em  Tipón (a entrada custa 10 soles) que foi uma das ruínas que achei mais interessantes pois os canais hidráulicos Incas estão em pleno funcionamento, mostrando que os Incas conheciam bem os princípios básicos da Física e do transporte de águas a grandes distâncias. Uma dica para quem gostar de fazer trilhar é o percurso da cidade de Tipón ate chegar os canais de águas que leva uns 50 minutos e tem uma ótima paisagem, mais já aviso para quem não gosta de subidas pegar um taxi que deve custar uns 10 soles.

  No segundo dia fomos para Urcos, pois queria conhecer alguns lugares fora da rota dos turistas e depois voltamos para Suyai Wari e fomos nos despedir dos nossos amigos o casal de franceses (Val e Pierre), Jordan(EUA), Enrique(Venezuela), Felipe (nosso amigo peruano que nos convidou para em Julho conhecer umas ruínas de uma cidade que segundo ele é tão bonito como Machu Picchu mais sem turistas) e quando estávamos indo embora conhecemos dois argentinos que vão viajar por toda America do Sul de bicicleta.

  Pegamos o ônibus para São Salvador que custou 2 Soles e depois pegamos um taxi coletivo para Pisac (que por sinal é uma ótima cidade e tem ruínas Incas)que custou 2 soles e foi um desafio as leias da física pois o taxista colocou 9 pessoas em um carro que no máximo daria 5 pessoas e finalmente pegamos um ônibus para Urubamba.


  Uma dica culinária é o cuy que é o porquinho da índia que é muito popular nessa região, só tenha cuidado na escolha do restaurante.

domingo, 6 de março de 2011

Cusco a Capital do Império Inca

  Saímos de Puno as 21:30 hs e chegamos em Cusco as 4:00 hs, a passagem custou 25 Soles na empresa Tour Peru que por sinal é uma ótima empresa se comparada as empresas da Bolívia, quando chegamos em Cusco fomos para o Hostal Koyllur que fica no charmoso bairro San Blas e custou 25 Soles por pessoa com Internet Wi Fi, banheiro nos quartos, recomendo esse hostal. Quanto aos restaurantes, há de todos os preços que vão de 2 Soles a 100 Soles, gostamos de um que se chama Antojitos que fica na calle Plateros e o menu do dia custa 9 Soles mas se você procura um mais barato é só seguir em frente que no final da rua irá encontrar um restaurante popular de 2,65 Soles.

  Cusco que significa "umbigo" em quechua foi a mais importante cidade do Império Inca e infelizmente quando os espanhóis a conquistaram a maioria das suas construções foram destruídas para construir as igrejas católicas e também para destruir a civilização Inca. O plano antigo da cidade tem a forma de um puma, com a praça central Haucaypata na posição que ocuparia o peito do animal e a cabeça do felino estaria localizada na colina onde está a fortaleza de Sacsayhuaman. Cusco é uma das cidades mais bonitas e interessantes do Peru onde existem muitas igrejas, praças, casas coloniais mescladas com as ruínas Incas. Para se conhecer, a dica que damos é sair caminhando pelas ruas de Cusco assim poderá ter um maior contato com o que a cidade tem para oferecer em meio a tantas igrejas, lojas de artesanato e restaurantes. No nosso último dia na cidade encontramos na rua o casal austríaco (Bernadete e Andres) que tínhamos conhecido em Copacabana, então os convidamos para comer uma pizza e beber um vinho e mais uma vez ficamos falando de historia, política e economia.

  Depois de dois dias em Cusco pegamos um ônibus (perto do ginásio) que nos custou 2 Soles com destino a San Salvador mais descemos em "Suyai Wari" uma fazenda que fica perco do povoado de Huambutio.

Puno a Capital Folclórica do Peru

      Saímos de Copacabana as 13:30 hs em direção a Puno (a passagem custou 60 Bolivianos) e chegamos em Puno às 17hs, quanto a fronteira, é tranquilo o ônibus para na Polícia Federal do lado boliviano para que os passageiros dêem saída do país e depois todos vão caminhando para o lado peruano para dar entrada (o passaporte é carimbado e é entregue um papel que será devolvido na saída do país), na fronteira dos dois países há casas de câmbio a uma cotação de um real igual a 1,10 Soles a 1,20 Soles.

         Ao chegarmos na rodoviária de Puno, há muitas pessoas oferecendo hotéis dos mais variados preços, como não tínhamos nenhum hotel em mente, acabamos aceitando a oferta de uma dessas pessoas ao hotel que nos acompanhou de táxi até ele. O hotel nos custou s/ 20,00 Soles cada um sem café da manhã. A noite fomos passear na praça principal de Puno chamada Plaza de Armas (muitas cidades no Peru possui como praça principal a Plaza de Armas), passamos também pelo calçadão situado  a calle Lima onde encontramos muitos turistas caminhando e é neste calçadão onde encontram-se os melhores restaurantes e diversas lojas de souvenirs. 

      No dia seguinte fomos procurar um outro hostal (Kollas Inn, Jr. Arequipa, 386) para ficarmos pois o que estávamos o atendimento não era bom e eles desligavam a internet a noite. Encontramos um mais barato por s/ 15,00 Soles cada um numa rua paralela a C. Lima. No hostal compramos o Passeio as "Islas Flotantes de Urus" e a ilha Taquille por s/ 25,00 Soles cada um. Os passeios variam muito entre as agências, já haviam nos oferecido o mesmo passeio por s/ 50,00 Soles. Como o passeio só sairia no dia seguinte, a tarde fomos caminhar pela cidade, conhecemos o Arco Deustua, Catedral, Casa del Corregidor, Mercado Principal ( na calle Lima é um posto de informações turistas com muitos materiais e mapas da cidade) e também fomos ao "Cerro Huajsapata"  onde se encontra um monumento em homenagem a Manco Capac o lendário fundador do Império Inca e de lá pudemos apreciar a vista da cidade e do lago Titicaca.

       No dia seguinte saímos as 7:00 para fazer o passeio as "Islas Flotantes" e a ilha "Taquille" e retornamos as 18:00 hs, deixamos nossas mochilas no hostal. Uma van veio nos buscar no hotel e nos levou até o porto. Normalmente, no roteiro, visita-se primeiro as "Islas Flotantes de Urus" e depois vamos  a ilha de Taquille conhece-la e almoçar lá (20 Soles), mas como estava chovendo muito, fomos primeiro a Taquille que era mais longe, se encontra a 3 horas desde Puno, lá o clima estava maravilhoso, estava um dia ensolarado, muito diferente de Puno. No passeio conhecemos um casal chileno que toca percussão e conhecem muitas bandas do Brasil, também conhecemos umas Ucranianas que estavam indo passar o carnaval no Brasil e também tivemos uma ótima conversa com um casal Argentino (na verdade ele é Japonês mas mora muito tempo na Argentina) que conhece quase todo o Brasil. É um passeio que aconselho fazer tanto para a Ilha deTaquille como para a exótica "Isla Flotantes de Urus", os Urus já estão nessas ilhas flutuantes a mais de 3000 anos antes de Cristo e essas ilhas duram em torno de 30 anos.

  Já sentimos uma diferença grande entre a Bolívia e o Peru, pois no Peru os ônibus são mais confortáveis e também mais caros, as estradas são melhores e nas cidades há mais estrutura quando comparadas a Bolívia, as pessoas são mais abertas e mais miscigenadas e o principal aqui nossos "Reales" não vale tanto como na Bolívia. Os restaurantes em Puno na calle Lima que é onde se encontra os principais restaurantes, um almoço esta custando em torno de 25 a 30 Soles mais encontramos um restaurante na calle Grau que custa em torno de 15 Soles com um ótimo atendimento e muito limpo, mais se você quiser fazer uma economia pode ir nos "Chifas" (restaurantes chineses) que estão mais afastados da calle Lima que custa em torno de 5 a 6 Soles e também os restaurantes populares que custam em torno de 3 Soles (bom se tiver um bom estômago e coragem... boa sorte), uma boa dica de culinária é provar a carne de alpaca. A noite quando estávamos indo comprar a passagem para Cusco conhecemos na rodoviária um casal de brasileiros (Guilherme e Juliana ) do Rio Grande do Sul que estavam chegando de Cusco, então fomos jantar juntos e trocamos algumas informações sobre Cusco e Puno.


  Dica: ao chegar em Puno da rodoviária para a praça principal onde fica os principais hotéis da uns 15 a 20 minutos caminhando e se não quiser ir caminhando pode pegar um táxi fora da rodoviária por 3 soles pois os que ficam dentro da rodoviária custa 5 soles.

Resumo do Mochilão pela Bolivia

     Fazendo um resumo dos preços em relação a alimentação você vai encontrar um almoço de 2.50 Bolivianos a 40 Bolivianos e a dica que damos é pedir o menu do dia que custa em torno de 12 a 18 Bolivianos isso vai depender em qual cidade você se encontra e fique muito atento aos restaurantes, pois muitos não tem as mínimas condições básicas de higiene. Quanto as pousadas (hostal) você vai encontrar de 15 Bolivianos a 50 Bolivianos (lógicos que há hotéis no valor superior a 200 Bolivianos, mais estamos falando de pousadas para mochileiros) em relação as passagens de ônibus essas são super baratas se comparadas ao Brasil (colocamos os valores no blog mais fique atento por que há inflação no país), já os ônibus, perdem muito em termos de qualidade, conforto e organização e uma dica é para comprar as passagens na hora pois custa menos em algumas cidades (lógico sempre analisar a lei da procura e da oferta)

    Bom a primeira impressão que tivemos ao entrar na Bolívia foi um pouco chocante em relação a pobreza do país, uma coisa que nos marcou muito foi a vida das cholas, mais depois de conhecer o país o que mais nos chamou a atenção foi a falta de educação das pessoas, as condições de higiene que são precárias, o caracter de muitos bolivianos com sua facilidade para mentir e enganar os turistas (infelizmente muitos restaurantes, hotéis, empresas de ônibus,... não tem pessoal preparados e honestos para trabalhar com os turistas), não quero generalizar para todo o país pois  encontramos muitas pessoas honestas, educadas e também fizemos ótimos amigos bolivianos (que esperamos um dia encontrar no Brasil) em La Paz, Cochabamba,Coroico,...

     Por certo antes de chegar nas cidades bolivianas você irá conhecer algumas dificuldades como estradas em péssimas condições, ônibus precários, lotados e com mau cheiro..., mais garanto que ao acordar com dores nas costas ou com ânsia de vômito por causa do mau cheiro (pior que isso não é exagero) depois de uma cansativa viagem você ira ficar deslumbrando com os atrativos naturais e com a riqueza cultural do país.

     Economicamente a Bolívia esta passando por um período critico com uma inflação que esta diminuindo o poder aquisitivo do boliviano, a uma crise de alimentos que já estão faltando nas prateleiras dos supermercados, também se fala no futuro próximo de uma crise energética (o que nós brasileiros chamaríamos  de "apagão"), com tudo isso a popularidade do presidente esta caindo muito, mais mesmo com todos esses problemas nesses quase 30 dias que passamos na Bolívia sempre olhamos muitas vagas de empregos nas cidades por onde passamos.

    Para quem gosta de cinema ai vai algumas dicas: El Atraco, Condenado Del Cementerio, Mi Socio, Amor Campesino, El Dia que Murio El Silecio, Di Buen Día a Papa, America Visa, Marcelo Quiroga Santa Cruz, Raza de Bronce, Chuquiago, Esito Seria, Faustino Mayta Visita a su Prima, Jonas y la Ballena Rosada, Los Hermanos Cartagena, Fusil Metralleta... 

   Musicas típicas da Bolívia que chegamos a conhecer são: Morenada, Caporales, Tinku mas há outros estilos diferentes  principalmente na região de Tarija e na Amazônia. Grupos que achamos interessante são: Wara, Ricardo Vilca y sus Amigos, Resistencia Suburbana, Octavia, Matamba, Luis Rico, Llajtaymanta, kjarkas, Kalamarca, Gotan Project, LuzMila Carpio (Kuntur Mallku El Mensajero)...